Como Ken DiCross, fundador de cripto, usa IA: “Não confio na IA, mas uso em tudo”
Ken DiCross é o fundador da Wire Network, empresa de interoperabilidade blockchain, e adotou a IA para quase tudo em sua rotina profissional e pessoal. Ele conta que prefere perguntar ao modelo de linguagem avançado, em vez de buscar no Google, e usa LLMs para:
• Análise de white papers: faz upload de documentos de concorrentes e gera em minutos relatórios de vulnerabilidades e riscos de centralização.
• Criação de contratos e pitch decks: insere requisitos e recebe um esboço jurídico ou apresentação pronta, reduzindo horas de trabalho.
• Geração de slides e e-mails: fornece bullet points ou rascunhos, e a IA produz versões finalizadas, agilizando reuniões e comunicações.
• Otimização de código: engenheiros sênior usam IA para acelerar tarefas de programação, tornando-se até três em um.
• Assistente pessoal: obtém recomendações de restaurantes, reservas e informações de viagem sem digitar nada.
Apesar da dependência, DiCross não confia cegamente na IA. Ele confirma que os modelos ainda “alucinam”: já precisou corrigir cálculos matemáticos e revisar código gerado antes de liberar em produção. Alerta para o perigo de “vibe coding” sem compreensão e ressalta a necessidade de especialistas validarem cada saída.
Outro ponto crítico é a privacidade: toda interação alimenta perfis que podem ser utilizados para fins comerciais ou toma adversa. Por isso, DiCross defende a migração para IA descentralizada e open source, com processamento local e criptografia ponta a ponta, garantindo que cada usuário mantenha controle sobre seus dados e evite censura ou uso indevido.
“No futuro, IA será como Linux: aberta, auditável e sem intermediários centralizados”, afirma. Para ele, essa será a verdadeira revolução, harmonizando produtividade e ética tecnológica.
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