Privacidade e segurança: pense duas vezes antes de conceder IA acesso a seus dados pessoais
A adoção de IA em navegadores, assistentes e agentes que automatizam tarefas cotidianas vem trazendo um custo oculto: o acesso irrestrito a seus dados pessoais. Recentemente, o browser Comet, da Perplexity, exemplificou isso ao pedir permissão para gerenciar rascunhos e enviar e-mails, ler contatos, editar calendários e até acessar todo o histórico de navegação.
Não se trata apenas de um app de “lanterna” pedindo sua localização: é uma IA pedindo acesso a tudo o que faz você, você. Ao autorizar, você entrega conversas, compromissos, contatos e senhas a empresas que podem usar esses dados para treinar seus modelos ou expô-los em caso de falha.
Riscos principais:
• Exposição irreversível de histórico de e-mails, chats e agendas;
• Permissão para agir como você — enviar mensagens, fazer reservas, movimentar fundos;
• Dependência de tecnologias ainda propensas a “alucinações” e falhas de segurança;
• Compartilhamento de dados com empresas que buscam monetizar suas informações.
Alternativas e boas práticas:
1. Conceda apenas o mínimo indispensável de permissões;
2. Use contas secundárias ou sandboxes para testes de IA;
3. Prefira soluções com política clara de não retenção de dados;
4. Avalie o trade-off entre conveniência e privacidade — será que vale o risco?
Programadores e equipes de produto precisam questionar requisitar dados sensíveis para funcionalidades de IA. Em vez de acessar toda a conta do usuário, explore APIs dedicadas (por exemplo, permissões “read-only” ou escopos limitados). Implemente revisões de segurança para detecção de uso indevido de credenciais e monitore atividades anômalas.
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